O Conselho de Orientação do Corinthians (CORI) sugeriu a aprovação do impeachment de Augusto Melo durante uma reunião realizada na noite de segunda-feira (25) no Parque São Jorge. O CORI é composto por ex-presidentes do clube, membros vitalícios e conselheiros eleitos. De acordo com o conselho, a gestão de Augusto Melo no seu primeiro ano como presidente do Corinthians tem sido considerada arriscada e mal administrada. A principal razão apontada para essa recomendação é a ausência de balanços financeiros auditados e a falta de transparência em relação aos documentos sobre a parceria do clube com a antiga patrocinadora, a casa de apostas “Vai de Bet”, agora substituída pela casaapostas.com.br. Além disso, o CORI desaprovou as contas do segundo trimestre da gestão de Melo, apontando a ausência de documentos necessários e apresentando informações que consideraram inconsistentes.
Composição e críticas do CORI
O CORI, órgão responsável pela fiscalização do clube, é presidido por Miguel Marques Silva e inclui ex-presidentes que se opuseram a Augusto Melo nas últimas eleições de 2023, como Andrés Sanchez, Duilio Monteiro Alves, Mário Gobbi e Roberto de Andrade. Este grupo de conselheiros considera que a gestão de Melo carece de clareza e comprometimento com a transparência financeira do clube.
A resposta de Augusto Melo
Após o encerramento da reunião do CORI, Augusto Melo, presidente do Corinthians, estava participando do programa esportivo “Arena SBT”, onde refutou a recomendação do conselho. Ele enfatizou a relevância da Comissão de Ética do clube para tratar de tais questões e acusou a oposição de tentar derrubar sua gestão com um golpe. “Essa recomendação é indevida, porque o órgão competente é nossa comissão de ética. Estão tentando dar um golpe, como tentaram nas eleições e agora estão tentando novamente. A cada três meses querem afastar o presidente. Precisamos de paz”, afirmou Melo.
O processo de impeachment
Na próxima quinta-feira (28), o Conselho Deliberativo do Corinthians realizará uma votação sobre o afastamento de Augusto Melo. Caso a maioria simples dos 302 conselheiros vote a favor do impeachment, o presidente será imediatamente exonerado. Após isso, o conselho terá até cinco dias para convocar uma assembleia-geral, onde os sócios decidirão se confirmam ou não a decisão. Caso Augusto Melo seja afastado, o cargo será assumido temporariamente por Osmar Stábile, vice-presidente do Corinthians. Fontes internas afirmam que alguns diretores deixarão seus cargos caso o impeachment se concretize.