A Superliga Europeia está cada vez mais próxima de se concretizar como uma nova competição no futebol europeu. Idealizado pelos principais clubes do continente, o torneio enviou um pedido formal de reconhecimento à Uefa por meio da A22 Sports Management, empresa responsável por promover e organizar o projeto. Segundo informações do jornal espanhol “As”, o nome oficial da liga será “Liga UNIFY”, uma referência à plataforma de streaming que transmitirá os jogos de forma gratuita.
Transmissões gratuitas e premium
A plataforma de streaming contará com transmissões gratuitas para o público geral, mas haverá também uma opção de assinatura premium. Essa versão incluirá recursos interativos, como estatísticas em tempo real, informações adicionais sobre as partidas e uma experiência com menos propagandas.
Resistência de Fifa e Uefa e decisão do TJ-UE
Desde a criação do projeto, tanto a Fifa quanto a Uefa se posicionaram contra a Superliga, argumentando que ela tiraria o controle das competições das entidades máximas do futebol mundial. Clubes que seguissem com a ideia foram ameaçados com possíveis sanções.
No entanto, em dezembro de 2023, o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJ-UE) decidiu que tais punições violariam as leis europeias. Segundo o tribunal, a Superliga Europeia deve ser aprovada, desde que respeite os princípios de transparência, meritocracia e inclusão no seu formato.
Estrutura e divisões do torneio
O pedido de reconhecimento ocorre enquanto seguem as negociações com as 96 equipes que formarão as quatro divisões da competição. O projeto inicial previa três divisões principais — Estrela, Ouro e Azul — com 64 times, enquanto a versão feminina contará apenas com duas divisões no primeiro momento.
O CEO da A22, Bernd Reichart, afirmou que as respostas ao projeto foram positivas e demonstrou otimismo em relação ao futuro da Superliga Europeia.
- “Nosso foco é alcançar o crescimento e o desenvolvimento sustentáveis para o futebol. Identificamos desafios críticos no esporte, como a valorização dos sócios-torcedores, um calendário insustentável, pouco investimento no futebol feminino e insatisfação com o formato das competições europeias atuais. Queremos oferecer soluções com a Superliga Europeia”, destacou o executivo alemão.
Calendário e sistema de acesso
Para evitar conflitos com o calendário já existente da Uefa, a proposta é que a Superliga seja estruturada de forma integrada às ligas nacionais. Os clubes com as melhores colocações em seus campeonatos domésticos terão a oportunidade de avançar para as divisões superiores da competição europeia.
Além disso, o projeto prevê um sistema de acesso e rebaixamento entre as quatro divisões, garantindo dinamismo e competitividade ao torneio.